segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Dicas e mais dicas... Português na veia!

É uma obra que se destina a estudantes que estejam fazendo o último ano do curso pré-escolar, cursando os ensinos fundamental e médio, até aqueles que estão se preparando para concurso ou vestibular. Servirá, portanto, para qualquer membro da família, inclusive para quem já concluiu o curso universitário e queira aprimorar-se na arte de escrever.
1ª. A (minúsculo). 
Faça-o um pouco achatado, com os contornos fechados (e não abertos), sem qualquer traço no meio dele.
2ª. ABAIXO-ASSINADO.
É um documento assinado por várias pessoas, que contém pedido, reivindicação ou manifestação de protesto.
3ª. ABREVIAÇÕES.
Escreva as palavras por extenso. As abreviações são consideradas incorretas. Portanto, não use abreviações quando no corpo do texto de sua redação.
ERRADO
CERTO
P/, c/, tá, pra, qdo
Para, com, está, para, quando
Prof., edif., pop
Professor, edifício, população
Fone, cine
Telefone, cinema
4ª. ABSURDO.
Use o raciocínio absurdo, a percepção exagerada dos fatos, para sugerir a visão alterada da personagem.
Embriagado, achou que a mulher estava conversando com o amante e atirou no seu próprio cunhado.
Achava que o cãozinho estava silencioso apenas para ludibriá-lo, que preparava um ataque feroz; talvez até saltasse no seu pescoço em um momento de distração.
5ª. AÇÃO.
Quando quiser, em narrações, fazer sentir a atenção dada pela personagem às próprias ações, mostre os pormenores da cena.
Colocou cuidadosamente o cristal sobre a mesa, pegando a taça com a ponta dos dedos, pressionando-a levemente, mas com firmeza. Aproximava-a da mesa muito lentamente, quase sem fazer barulho algum ao tocá-la.
 Se desejar mostrar ações sucessivas da personagem, efetuadas sem pressa e valorizadas uma a uma, separe-as em períodos diferentes.
Entrou na sala. Caminhou lentamente em direção ao cofre. Observou se o sistema de segurança estava desativado. Tirou o quadro da parede. Passou a girar lentamente o segredo do cofre, escutando atentamente quando daria o estalo que lhe permitiria abri-lo com segurança.
Para construir na narrativa a idéia de rapidez, use períodos curtos. Se buscar transmitir a sensação de um longo tempo transcorrido, use frases extensas.
Correu até o outro lado da rua. Girou a chave na fechadura. Entrou no prédio. Acenou para o porteiro. Entrou no elevador.
Estacionou o carro na frente do prédio, observando se a esposa já havia descido. Abriu a caixa de discos, escolhendo o que faria a mulher lembrar dos tempos de namoro. Reclinou o banco do automóvel, baixando o volume do rádio; pensou que a mulher estava atrasada; devia estar escolhendo seu melhor vestido ou talvez terminando de fazer a maquiagem com o cuidado que a ocasião merecia.
 6ª. ACENTOS.
Coloque-os com clareza e corretamente, e não simples traços displicentes (em pé ou deitados). O acento grave, levemente voltado para a esquerda; o agudo, levemente inclinado para a direita.
Tanto o acento grave, quanto o agudo e o circunflexo, devem ser colocados bem próximos das respectivas letras e bem centralizados (e não distantes e de lado).
O acento não pode ser um risquinho qualquer, torto, deformado, ilegível. Tem que ser escrito de maneira correta, clara e precisa.
Faça-os de tamanho normal, nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos.
7ª. ACENTUAÇÃO.
Verifique sempre  a  acentuação dos vocábulos.
Procure conhecer as regras de acentuação sem, contudo, decorá-las como papagaio.
Uma técnica de aprendizagem infalível: Estude o assunto, por exemplo, em mais de dois autores, fazendo, depois, os respectivos exercícios. Proceda da mesma forma com os demais assuntos de gramática, que jamais precisará tomar curso de Português desse capítulo.
8ª. ALFABETO.
Procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa, a ponto de tornar sua letra praticamente irreconhecível.
9ª. ALITERAÇÃO.
É a repetição de fonemas-consoantes, que resulta num resultado sonoro específico.
Velho vento vagabundo...
Chove chuva choverando.
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando.
10ª. AMBIGÜIDADE OU ANFIBOLOGIA.
Evite frases ambíguas (confusas) ou de duplo sentido. Ocorrem em conseqüência da má pontuação ou da má colocação das palavras.
A ambigüidade deve ser evitada com a utilização de termos que expressem clara e objetivamente o que se pretende mostrar.
FRASES AMBÍGUAS
CORRIJA AS EXPRESSÕES GRIFADAS PARA
OU
Alice saiu com sua irmã.
a irmã dela
a irmã de uma amiga
Vi José beijando sua namorada.
a namorada dele
a namorada de um amigo
Um ladrão foi preso em sua casa.
na casa dele
na casa da vítima
João ficou com Mariana em sua casa.
na casa dela
na casa dele
Pintaram o quarto da casa em que durmo.
no qual durmo
na qual durmo
11ª. ANULADA.
A redação poderá ser anulada, ou receber nota zero, se:
Estiver ilegível.
Fugir do assunto.
For escrita a lápis.
For escrita com rasuras e sem título.
For apresentada sob a forma de verso.
Não obedecer ao espaço e ao número de parágrafos determinados.
Não seguir as instruções relativas ao tema escolhido.
Tiver menos ou mais linhas do que a quantidade preestabelecida.
Contiver cópias das idéias do texto de motivação, quando este for dado.
Contiver elemento que identifique o candidato (como letra de forma ou de imprensa, por exemplo).
12ª. APOSTO.
Use o aposto — explicação sobre um termo ou expressão da frase — quando, ao mesmo tempo que caracterizar, você pretender explicar a própria atitude da personagem.
Mariana, enfurecida, arremessou o valioso colar no rio.
A Universidade pública deve ser defendida por todos, ricos ou pobres.
O estudo do Romeno, língua neolatina como o Português, pode ser bastante facilitado com o uso de uma gramática comparativa.
13ª. ARGUMENTAR.
Não comece a redação com períodos longos. Exponha logo suas idéias.
Não fundamente seus argumentos com fatos que não sejam de domínio público.
Os argumentos do desenvolvimento da redação devem surpreender o leitor. Suas idéias precisam ser saborosas para atrair sua atenção.
Dê sua opinião, argumentando. Não use expressões como eu achoeu pensopara mim ou quem sabe, pois denotam imprecisão em suas ponderações. É preciso mostrar conhecimento e domínio sobre o tema que está escrevendo.
14ª. ARTIGO, PREPOSIÇÃO: A, À, PARA, PARA A.
A (artigo): Fui a Salvador (fui e voltei logo).
PARA (preposição). Fui para Salvador (fui e vou passar alguns dias ou morar lá).
À (craseado): Fui à fazenda (fui e voltei logo).
PARA A (preposição + artigo): Fui para a fazenda (fui e vou passar alguns dias ou morar lá).
15ª. ASPAS.
Vêm entre aspas:
Os estrangeirismos (as palavras estrangeiras): “Pizzaria”, “mobylette”, “show”, “vídeo game”. Observação: Matinê, buate e pingue-pongue, no entanto, não vêm entre aspas, por serem estrangeirismos aportuguesados.
Os apelidos: “Zezinho”, “Juca”, “Nice”.
As citações que não sejam de sua autoria: “Oxalá não se me fechem os olhos sem que o queira Deus”. (Rui Barbosa). “Se viveres com dignidade, não melhorarás o mundo, mas uma coisa é certa, haverá na terra um canalha a menos” (Confúcio). Observação: As citações, quando não colocadas entre aspas, constituem plágio, o que é errado e desonesto. Plagiar, segundo o dicionário do Aurélio, é “assinar ou apresentar como seu obra artística ou científica de outrem” (de outro autor).
As gírias. Isto é, as palavras usadas em sentido figurado. A festa foi um “barato” (ótima, “legal”). Não “saquei” (entendi) nada. Aliás, evite usar gírias.
16ª. ASPECTO VISUAL.
Qualidade da letra, margem, espaços entre as palavras, legibilidade, limpeza, pontuação, facilidade de leitura, parágrafos (espaços), períodos (se não deixou períodos longos).
17ª. ASSÍNDETO.
É a ausência de conjunções coordenativas no período composto.
Cheguei, vi, venci.
O barco veio, chegou, atracou, chegamos.
18ª. AVALIAÇÃO.
A autocrítica pode ser essencial quando se deseja melhorar o texto.
Avalie o texto. Verifique se as frases soam bem, se não contêm cacófatos ou rimas. Começou bem a redação e terminou-a melhor ainda?
A avaliação de uma redação segue um critério rigoroso, pois está relacionada à norma culta da língua portuguesa. Além da parte específica de gramática, muitas vezes recorre-se à grafologia para verificar-se o perfil psicológico e pendores vocacionais do candidato à função que pleiteia.
Disponível em: http://querodica.comunidades.net/index.php?pagina=1407560871 Acesso em 08 de dezembro de 2014.

Dicas úteis de ortografia para alunos e, por que não, para nós!

http://www.portugues.com.br/gramatica/dicas-ortograficas.html

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Trabalhos sobre o livro Vidas Secas (Graciliano Ramos)

Projeto desenvolvido por mim, com alunos da 3ª Série do Ensino Médio. Resultado final após leitura compartilhada em sala de aula e na Sala de Leitura, do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos.






















Projeto de Artes Visuais

Projeto de Curso
CURSO: Artes Visuais
NÍVEL DE ENSINO: Médio
CARGA HORÁRIA: 8 horas

EMENTA
Perceber poéticas visuais é viajar pelas obras do artista e captar suas marcas pessoais. Muitos caminhos e linguagens das artes visuais podem ser percorridos com essa intenção. Desta forma, este curso propõe o trabalho com a fotografia, compreendida como linguagem da Arte e, consequentemente, um convite aos alunos para um contato com essa linguagem para ir além do senso comum.

OBJETIVOS
A final do semestre o aluno deverá ser capaz de:
·         Trabalhar os vários modos de perceber a linguagem da fotografia;
·         Provocar os alunos para que façam uma leitura com problematizações instigantes das imagens;
·         Trabalhar os aspectos técnicos da fotografia: as temáticas possíveis, as relações formais (enquadramento, luminosidade, pontos de vista etc);
·         Encaminhar a proposição de Nutrição Estética abordando a poética pessoal e/ou colaborativa nas demais linguagens e a proposição de conexões com os territórios de forma-conteúdo e processo de criação.

JUSTIFICATIVA
A necessidade de fazer com que os alunos percebam que a fotografia é uma construção simbólica, elaborada, de realidades diversas com intenções variadas em sua produção e em sua recepção, e que implica um produtor e um leitor inseridos em sua cultura, pois a fotografia revela uma realidade aparente (aquilo que mostra) e uma realidade interna (com camadas de significações potenciais).

METODOLOGIA
·         Realizar uma pesquisa na internet com os alunos sobre a História da Fotografia (anotação das informações principais);
·         Exposição das informações coletadas na sala de aula (roda de debate);
·         Conversa informal com os alunos sobre o convívio que eles têm com a fotografia e o ato de fotografar;
·         Dependendo das respostas dos alunos, direcionar o trabalho para uma das seguintes alternativas:
a)    Alternativa 1: se a turma tem o hábito de fotografar, pode-se pedir para que cada um dos alunos selecione cinco fotos de sua autoria (fotos impressas).
b)    Alternativa 2: se existe a possibilidade de que tragam fotografias que tenham em casa, pode-se pedir para que selecionem cinco fotos que sejam as mais significativas de sua vida (podem trazer Xerox, por cuidado de preservação dessas fotos).
c)    Alternativa 3: caso nenhuma das alternativas anteriores seja possível, pode-se pedir para que os alunos selecionem cinco fotos de revistas que considerem interessantes.
·         Analisar os pequenos álbuns com as fotos que os alunos trouxerem, independente da alternativa acima escolhida;
·         Inicialmente a análise individual (síntese visual registrando o critério de escolha que utilizaram e indicando, de modo verbal ou visual, as fotografias que compõem seu álbum);
·         Análise coletiva (grupos): sem mostrar a análise individual, os alunos do grupo devem levantar um critério para a análise, agrupando todas as fotos do grupo segundo o critério selecionado (professor não sugerir nenhum tipo de critério, deve deixar os alunos elaborarem-no). As próprias fotos pode dar dicas para a análise, onde cada agrupamento de fotos deve ganhar uma síntese visual com o critério utilizado e registros das fotografias que o compõem.
·         Socialização do mapeamento das sínteses individuais e coletivas;
·         Sistematização do que foi discutido (forma escrita) de acordo com os itens que seguem: temáticas abordadas, natureza das fotos (para registro, publicidade, documentos etc), posição do fotógrafo em relação ao objeto fotografado, elementos da visualidade (iluminação, planos, enquadramento, ângulos, preto e branco, cor, filtros, contraste de luz e sombra, atmosfera, close, proximidade, distanciamento, relação figura/fundo etc);
·         Criação pelos grupos de um ensaio fotográfico: uma série que explore um conteúdo, um procedimento, uma ideia, obedecendo os seguintes critérios: discussão e escolha da ideia (temáticas possíveis, relações formais, recursos técnicos), dos responsáveis por cada etapa do trabalho, edição final das fotos (criação de slides no Power Point ou álbum com fotografias impressas/reveladas);
·         Criação do portfólio;
·         Apresentação do portfólio para a comunidade escolar.

CONTEÚDOS
Conteúdos
Factuais
Conceituais
Procedimentais
Atitudinais
História da fotografia
Temática e Elementos da visualidade

Fotos: escolha e análise individual e coletiva;
Portfólio: criação de um com fotos dos grupos dentro das ideias/temas e ténicas que os mesmos escolheram.

Nova visão sobre o que a fotografia mostra da sociedade para as pessoas.
Responsabilidade dos alunos na execução das etapas  do trabalho proposto;
Respeito pelo olhar dos demais grupos durante todo o processo.
Criatividade na elaboração do portfólio.

RECURSOS
·         Fotos pessoais;
·         Imagens de revistas;
·         Caderno;
·         Caneta, lápis, canetinha, borracha;
·         Máquina digital;
·         Impressão das fotos/Xerox;
·         Computador (programa Power Point);
·         Notebook e Datashow.

AVALIAÇÃO
·         Acompanhamento de todo o envolvimento dos alunos e seus grupos nas atividades desenvolvidas;
·         Cadernos dos alunos com as anotações feitas durante este trabalho;
·         Portfólio dos grupos.

BIBLIOGRAFIA
Caderno do Professor: Arte – 2ª Série, volume 2/Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. São Paulo: SEE, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. S.P: Paz e Terra, 1991.
KUENZER, Acácia Zeneida. As mudanças no mundo do trabalho e a educação: novos desafios para a gestão. In: FERREIRA, Naura S. Carapeto (org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências novos desafios. São Paulo: Cortez 2000.p.33-35.

GIROUX, Henry ª Os Professores como intelectuais transformadores: rumo a uma nova pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 270p.

SCHWENDLER, Sônia Fátima. Ação cultural para a liberdade: um encontro com a pedagogia da indignação. In: SOUZA, Ana Inês (et.all). Paulo Freire Vida e Obra. SãoPaulo:ExpressãoPopular,2001.


CRONOGRAMA
Aula
Conteúdo
Competências e habilidades
Procedimentos didáticos
1
História da fotografia (pesquisa)
Conhecer conteúdo específico das diversas linguagens artísticas.
Após orientação em sala, pesquisar na internet (Acessa Escola) sobre a história da fotografia
2
História da fotografia (debate)
Conhecer conteúdo específico das diversas linguagens artísticas.
Socialização do resultado da pesquisa com os demais alunos da classe.
3
Fotografias pessoais (escolha e análise escrita)
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar diferentes manifestações artísticas para formas sua própria linguagem.
Cada aluno selecionará cinco fotografias pessoais (ou imagens) e fará a análise das mesmas (forma escrita).
4
Fotografias pessoais (análise em grupos)
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar diferentes manifestações artísticas para formas sua própria linguagem.
Alunos formarão grupos para análise e seleção das fotografias/imagens dos componentes.
5
Fotografias pessoais (socialização das análises)
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar diferentes manifestações artísticas para formas sua própria linguagem; confrontar interpretações diversas de manifestações artísticas-culturais, comparando diversos pontos de vista, identificando os pressupostos de cada interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados.
Socialização das análises feitas pelos grupos.
6
Fotografias dos grupos (escolha do tema, técnicas)
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar diferentes manifestações artísticas para formas sua própria linguagem; valorizar a diversidade dos patrimônios etnoculturais e artísticos, identificando-a com suas manifestações artísticas e representações em diferentes sociedades, épocas e lugares.
Grupos reunidos para escolherem as ideias/temas e técnicas que utilizarão, além dos responsáveis por cada etapa da atividade.
7
Fotografias dos grupos (montagem de portfólio)
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar diferentes manifestações artísticas para formas sua própria linguagem; construir e aplicar conceitos para a compreensão das manifestações artísticas, sócio-culturais e históricas; Dado um conjunto de informações sobre uma realidade histórico-cultural, ordenar os eventos registrados, compreendendo a importância dos fatores culturais, sociais, econômicos e políticos.
Após fotografarem suas ideias/temas, os grupos iniciarão a montagem do portfólio e decidirão se será através do PowerPoint ou da impressão/revelação das fotos/imagens.
8
Fotografias dos grupos (apresentação do portfólio)
Apreciar trabalhos realizados, mediante a elaboração de ideias, sensações, hipóteses e esquemas pessoais que o aluno vai estruturando e transformando.
Exposição dos portfólios para a comunidade escolar.